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domingo, 26 de setembro de 2010

E aí estava ele, o mar.


“(…) E aí estava ele, o mar. Aí estava o mar, a mais ininteligível
das existências não-humanas. E ali estava a mulher, de pé,
o mais ininteligível dos seres vivos. Como o ser humano fizera
um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornara-se o mais
ininteligível dos seres onde circulava sangue. Ela e o mar.
Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se
entregasse ao outro: a entrega de dois mundos incognoscíveis
feita com a confiança com que se entregariam duas
compreensões (…)”*

*Clarice Lispector

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